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Hipnose funciona mesmo ou é apenas um mito?

Quem nunca pensou nisso quando se deparou com aqueles shows de rua? Pensando nisso, vamos esclarecer tudo sobre essa técnica. Veja a seguir!


A hipnose é um fenômeno neurológico capaz de quebrar resistências de crenças gravadas na mente. Além disso, ela é baseada na ciência, isto é, podemos visualizar imagens que comprovam as mudanças cerebrais. No entanto, nem sempre a história da hipnose foi pautada por esse reconhecimento. A seguir, conheça um pouco sobre a origem dela.

 

Desenvolvimento da hipnose

Em seu livro, Manual da Hipnose Clássica, Rafael Kraisch ensina que:

“É de conhecimento comum que a etimologia da palavra ‘hipnose’ deriva do grego antigo hýpnos, que significa sono; porém há uma confusão generalizada quando se afirma que esse termo foi criado pelo médico James Braid, quando na verdade ele apenas o popularizou na língua inglesa através de seus livros e artigos.

O proprietário da ideia foi Étienne Cuvillers (1755-1841), mesmerista e escritor do periódico Archives du Magnétisme Animal, que, diferentemente da grande maioria de seus
contemporâneos, acreditava que a razão das curas obtidas não era alguma energia magnética universal que controlava tudo e a todos, mas tão somente a crença e a imaginação da pessoa.

Para Cuvillers, além dos resultados serem obtidos pela crença da pessoa e sua imaginação, o estado de hipnose seria algo relacionado entre a vigília (o estado normal do dia a dia) e o sono profundo, uma ideia que perdurou por muito tempo, embora hoje saibamos que a hipnose
não depende de um estado específico de torpor ou relaxamento (físico ou mental), e sim apenas de uma intenção específica. ”

Por fim, os estudos comprovaram que os efeitos da hipnose são reais. Ela promove mudanças mais fortes do que a imaginação e a autossugestão. O paciente pode ouvir, sentir e enxergar o que o hipnoterapeuta sugere, reproduzindo a realidade de forma idêntica a ela.

O psiquiatra David Spigel fez uma pesquisa com 57 voluntários com ressonância nuclear magnética funcional. As descobertas revelaram 3 imagens cerebrais no estado hipnótico.
Durante as fases da hipnose identificamos mudanças cerebrais e conexões de partes distintas do cérebro. Sem dúvida, podemos afirmar que a hipnose é responsável pelas mudanças.

 

Diferenças entre a hipnose clássica e hipnose moderna

A hipnose clássica é definida de forma equivocada como hipnose de entretenimento. Isto é, as pessoas acreditam que a sua abordagem é agressiva e grosseira. Já a moderna é definida como uma abordagem de relaxamento, metafísica e psicologia. No entanto, ambos conceitos envolvem erros de informações.

Em primeiro lugar, a hipnose clássica é caracterizada por apresentar uma comunicação direta.
Dessa forma, é erroneamente interpretada como grosseria e invasiva. Mas isso não é verdade, porque ela é pautada em instruções pontuais, além de usar uma linguagem direta, assertiva e intencional.

Em segundo lugar, a hipnose moderna é classificada por características que não tem a ver com a verdadeira hipnose, visto que ela não é metafísica, nem relaxamento. No entanto, essa separação só existe para difamar a imagem da hipnose clássica. Já que muitos hipnoterapeutas afirmam atuar com hipnose moderna e justificam essa modalidade de modo equivocado.

 

Confira os 4 critérios obrigatórios para entrar no estado de hipnose

Para hipnotizar uma pessoa é necessário que ela atenda 4 critérios importantes. Por essa razão, vamos provar que a hipnose não é perigosa. Por isso, não precisa ter medo. Antes de iniciar, o preparo é feito para que a pessoa compreenda de forma lógica e científica os efeitos
da hipnose.

Além de sanar todas as dúvidas que poderiam causar receio. Mas, será que todo mundo pode entrar em estado hipnótico? Será mesmo que há pessoas que nunca serão hipnotizadas? Para responder a essa questão, confira a seguir os 4 critérios necessários para entrar nesse estado:

  1. Entender a orientação do hipnotizador
  2. Ter um cérebro funcional
  3. Aceitar passar pelo processo
  4. Seguir a orientação

Baseado nisso é possível concluir que a hipnose não é dormir, nem relaxar, muito menos parar de pensar e ouvir. Além disso, não está associado à viagem astral, ganhar superpoderes, acessar o passado ou ver extraterrestres. Por exemplo, você pode estar numa aula de dança agitada e estar hipnotizada. Isto é, para entrar nesse estado, você precisa estar atento às orientações de alguém.

Além disso, é preciso ter um cérebro funcional capaz de gerar conexão entre várias áreas cerebrais, além de desempenhar as funções motoras e outros processos do órgão. Inclusive, as técnicas de relaxamento ajudam a entrar no estado hipnótico, mas não servem para gerar
efeito terapêutico.

Então, esqueça o conceito de que a hipnose é um estado entre vigília e sono. Para transformar a hipnose em uma ferramenta terapêutica é preciso intenção e técnica.

 

Entenda como funciona a Hipnose

Sem dúvida, você já deve ter visto aqueles shows na rua, ou apresentações de hipnose que envolvem voluntários. Quem nunca ficou curioso sobre essas práticas? Embora pareça
encenação, os efeitos são reais. Eles podem ser usados para tratamento terapêutico ou entretenimento.

Basicamente, a hipnose é um estado natural da mente que coloca a pessoa na condição de foco. Por exemplo, assistir um filme e ficar imerso nele e não perceber a presença das pessoas ao redor. Esse é um exemplo de estado hipnótico. Portanto, todos os dias somos hipnotizados sem saber.

Em suma, a pessoa pode praticar a auto-hipnose de modo similar à meditação, já que temos esse recurso natural que nos permite acessar esse estado. Contudo, temos outra alternativa para entrar nesse estado. Nesse momento, entra a função do hipnotizador, pois ele induz o paciente a entrar nesse estado por meio de sugestão.

 

Os principais pilares da hipnose

Acima de tudo é fundamental entender que a hipnose inicia antes da indução. Inclusive, que a técnica está diretamente ligada ao contexto e não apenas às técnicas avançadas. Para compreender de forma simples vamos abordar sobre os 4 pilares da hipnose.

 

 

Característica natural

A hipnose é uma característica natural do cérebro capaz de manifestar memórias relacionadas a cheiros, sabores e sensações diversas. Por exemplo, um perfume, uma música, um tecido macio, o cheiro do mar etc.

Quando essas lembranças vêm à tona é natural o foco aumentar. Isso é comum quando estamos no trabalho e desviamos a atenção para escolher o cardápio do almoço. Nesse instante, estamos hipnotizados sem perceber.

 

Todos podem ser hipnotizados

Todas as pessoas podem ser hipnotizadas, desde que elas queiram e se sintam confortáveis.

 

A hipnose é uma auto-hipnose

A hipnose também é uma auto-hipnose, mesmo quando há um hipnoterapeuta no processo.
Isso porque o profissional não tem poderes mágicos, nem sobrenaturais para controlar as pessoas. Ou seja, o cliente jamais perde o controle de si mesmo.

Visto que tudo acontece no plano consciente. Portanto, a pessoa permanece acordada e lúcida durante a hipnose, além de lembrar de tudo que falamos e fazemos.

Tudo é realizado com consentimento. Na hipnose tudo é permitido pelo cliente e nada forçado pelo hipnoterapeuta. Por essa razão, nada que possa gerar constrangimento ou mal-estar será feito. Afinal, tudo depende do consentimento do cliente que vai decidir seguir as instruções ou não.

 

Quais os benefícios da hipnose?

Agora, vamos falar sobre os principais benefícios da hipnose. Quando uma pessoa está aberta a passar pelo processo de hipnose, os resultados são incríveis. Isto é, você adquire muito mais controle mental.

Além de aumentar as possibilidades de explorar seu potencial. Inclusive, permite usar essa técnica no processo terapêutico. Dessa maneira, podemos acelerar os resultados do paciente.

Como podemos ver, a hipnose não é nada parecida com o que ouvimos por aí. Depois que identificamos os mitos, entendemos de fato como esse recurso funciona.

Fonte: www.rafaelkraisch.com.br/hipnose-funciona/

Carol Belardes

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