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Mentalidade

Ser Rejeitado Dói: A dor invisível da rejeição

A rejeição é uma das experiências mais dolorosas que podemos vivenciar. Desde o início da vida, ainda no ventre materno, já somos sensíveis ao ambiente e às emoções que nos cercam. Um simples olhar de indiferença de um pai ou mãe pode deixar marcas profundas em uma criança, desencadeando sentimentos de invisibilidade e insegurança.
Leia abaixo:

Mulher em sofrimento

O impacto da rejeição desde o início da vida

Desde o terceiro mês de gestação, o sistema nervoso do bebê está preparado para detectar dor. As amígdalas, responsáveis por processar as emoções, começam a aprender sobre a vida através das reações da mãe. Mesmo que não consigamos lembrar desses momentos de forma consciente, nossos corpos e cérebros registram essas experiências.

Um estudo de 2015, conduzido por Goksan e colegas, revelou que os bebês têm uma rede neural complexa e ativa para a dor, semelhante à dos adultos. Isso desafia a crença de que os bebês são imunes à dor simplesmente por não conseguirem verbalizá-la. Na verdade, eles experimentam e processam essas emoções de forma profunda e silenciosa.

Quantas vezes você foi verdadeiramente visto?

John Bowlby, o criador da teoria do apego, afirmou que o amor recebido na primeira infância é tão crucial para a saúde mental quanto as vitaminas e proteínas são para o desenvolvimento físico. Esse amor e reconhecimento moldam nossa percepção de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.

Muitas vezes, você pode não se lembrar conscientemente de todas as vezes que foi negligenciado ou rejeitado, mas carrega uma sensação constante de que algo está errado. Essa sensação de que “falta algo” pode ser difícil de nomear, mas está intimamente ligada à dor emocional que o cérebro processa de forma semelhante à dor física.

A dor emocional é real

O cérebro humano não faz distinção entre dor física e emocional. Os mesmos neurotransmissores que regulam a dor física também controlam a dor psicológica da perda social e da rejeição. Não é à toa que ser rejeitado dói tanto, pois a rejeição atinge as mesmas áreas cerebrais que um ferimento físico. A diferença é que, enquanto a dor física geralmente tem uma duração limitada, a dor emocional da rejeição pode durar uma vida inteira, moldando nossas relações e autoestima.

A busca por pertencimento

Sentir-se parte de algo maior, pertencente a um grupo ou relacionamento, é uma necessidade básica do ser humano. Nosso objetivo diário é buscar conexão, reconhecimento e amor. Quando somos rejeitados, esse desejo fundamental é negado, causando uma dor profunda que pode nos acompanhar ao longo da vida.

Como lidar com a dor da rejeição?

Se você sente que há uma sensação estranha que não consegue nomear, ou que há uma dor emocional persistente que o afeta, a Terapia Breve pode ser uma resposta.

A Terapia de Reintegração Implícita ajuda a identificar e trabalhar essas questões, permitindo que você reintegre os afetos e alivie a carga emocional causada pela rejeição.

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Carol Belardes

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