
Você está preso nos padrões do passado?
Todos nós carregamos memórias e experiências que moldam quem somos. Muitas vezes, padrões familiares e experiências de infância permanecem tão
Imagine que você está jogando uma moeda e, nas últimas três vezes, ela caiu com o lado “cara” para cima. Qual seria a probabilidade de, na próxima jogada, dar “coroa”?
Embora a resposta correta seja 50%, muitas pessoas acreditam que, após uma sequência de resultados, o contrário deve acontecer. Isso é o que chamamos de falácia do jogador – a crença de que o universo irá “compensar” uma sequência de resultados, quando, na verdade, cada jogada é independente da anterior.
Esse tipo de pensamento é comum entre jogadores e alimenta a ideia errada de que, de alguma forma, o jogador tem controle sobre o que é, na realidade, um jogo de sorte.
Muitas pessoas confundem gostar muito de algo com ser viciado. Um exemplo simples é alguém que gosta de jogar futebol todo fim de semana. Isso não caracteriza um vício, pois a pessoa ainda obtém prazer da atividade. Já no vício, o prazer que existia no início desaparece, dando lugar ao sofrimento, e a pessoa não consegue mais parar, mesmo quando sabe que está prejudicando sua vida.
No caso do vício em jogos, a pessoa continua jogando, mesmo ciente de que está perdendo dinheiro, prejudicando seus relacionamentos e colocando sua saúde mental em risco. O controle sobre a atividade desaparece, e o sofrimento se torna parte do processo.
O vício em jogos segue um padrão de evolução que começa com uma escolha aparentemente inocente:
Diferente dos jogadores casuais, que jogam sem grandes prejuízos, o jogador patológico chega a perder mais da metade de seu salário com apostas. Ele não joga mais por prazer – esse foi apenas a porta de entrada. Agora, o jogo é uma compulsão, uma necessidade que a pessoa não consegue controlar, apesar de estar consciente de todo o mal que causa a si mesma e àqueles ao seu redor.
Os jogos de azar são projetados para enganar o cérebro, utilizando estratégias como:
Esses mecanismos mantêm o jogador preso ao ciclo de apostas, alimentando o comportamento viciante.
Diversos fatores podem aumentar a vulnerabilidade ao transtorno do jogo:
A maioria dos viciados são homens (88%), muitos casados (50,7%).
Baixa condição socioeconômica, desemprego e solidão são fatores de risco significativos.
Muitas vezes, o transtorno do jogo está associado a outras condições, como ansiedade, depressão e transtornos de humor.
O perfil dos jogadores também varia: homens, em geral, jogam para testar sua força e competitividade, enquanto mulheres tendem a jogar para aliviar o estresse.
Entre os principais sintomas do transtorno do jogo estão:
Se esses comportamentos persistirem por mais de seis meses, o diagnóstico pode ser confirmado de acordo com o CID-11 (Classificação Internacional de Doenças).
Na Terapia de Reintegração Implícita, entendemos que os pensamentos e comportamentos viciantes são respostas ao sofrimento, e não a causa dele.
A Terapia aborda o processo evitativo que leva à compulsão, ajudando o indivíduo a enfrentar a verdadeira origem do problema, em vez de apenas lidar com os sintomas, de forma rápida, eficaz e duradoura.
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